sexta-feira, 4 de novembro de 2016

#Resenha - Invisível (David Levithan e Andrea Cremer)

Invisível é um desses livros que você olha na prateleira da livraria e ele olha para você de volta, e aí já era, impossível não levar. A capa com suas cores e fonte é um verdadeiro convite a mergulharmos na história, assim como o título: INVISÍVEL.


Primeiramente, imaginei que o título era figurativo, pensei em um processo de exclusão social, mas logo na primeira página fica claro que essa invisibilidade é real, Stephen é literalmente invisível. Confesso, que fiquei receosa com esse dado, mas sou uma leitora compulsiva, nada me faria abandonar o livro no primeiro capítulo.
A escrita segue uma fluidez que soa como um desabafo, uma espécie de grito silencioso, o que me leva a um estágio de fascínio pela escrita e o enredo criado por David e Andrea, porque eu começo a enxergar que o “invisível” não é puramente da ordem da fantasia, mas sim a fantasia uma forma engenhosa de abordar o que é invisível, como as emoções, diferenças e inadequações sociais.
 No 1º capítulo Stephen nos apresenta um resumo da sua vida e sua rotina, revelando o quão difícil é viver sem “ser visto”.

“Eu não existo. E, mesmo assim, existo”.

 Ainda no 1º capítulo aparece Elizabeth, uma garota que acabou de chegar a Nova York e é a nova vizinha de Stephen, e também, é a única pessoa que consegue vê-lo.

“É uma euforia, mas também é uma loucura e é assustador”.

 Ao longo do livro acompanhamos os medos, dramas e sentimentos vivenciados por Stephen e Elizabeth serem narrados em 1ª pessoa em capítulos alternados. Elizabeth, como todos, tem a sua cota de dramas e ao lado do seu irmão Laurie também tiveram seus dias como “invisíveis”, quando Laurie assumiu ser homossexual e mesmo os amigos mais próximos se afastaram.
 Quando Elizabeth descobre que Stephen é invisível e que apenas ela consegue vê-lo eles tentam entender o porquê de tudo isso e saem em busca de respostas, o enredo sofre uma mudança, adentrando mais na parte fantasiosa da história que envolve bruxas, feitiços e maldições. A busca por respostas me deixou em êxtase, torci e vibrei em cada minuto por Stephen e Elizabeth.
 Quanto ao final não poderia ser melhor, acredito que Invisível é um livro único, não encarem os pontos de fantasia como subterfúgios, ao contrário, Invisível é uma metáfora sobre a vida e assim como Stephen e Elizabeth precisamos aprender a conviver com as diferenças.

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