sábado, 10 de fevereiro de 2018

#Resenha - Interator - Quando Game e Realidade se Confudem (Alexandre Almeida de Oliveira)

Sinopse: Marcelo é um adolescente expert em computação, mas sua família vive em grandes dificuldades financeiras. Para piorar, ele ainda sofre bullying na escola onde estuda, passando quase todo o tempo fantasiando com uma vida melhor. Tudo começa a mudar quando o rapaz descobre que a Assertiva, uma empresa de jogos, está para lançar um game de interatividade absoluta - ou seja, através de um equipamento (a câmara de interação) o jogo é inserido na mente do jogador, o que lhe traz sensações físicas de estar dentro do jogo, como suor, dor e cansaço.
 Tentando fugir de sua vida e de si mesmo, sorrateiramente Marcelo altera a programação da máquina, pede um teste e se tranca no mundo da fantasia. Apenas Fábio, seu pai, é quem poderá salvá-lo e, nessa missão, ele será desafiado em seus próprios limites na tentativa de resgatar o filho do mundo da fantasia e trazê-lo de volta à realidade. Porém, Fábio precisará superar barreiras emocionais e preconceitos desde que abandonou a família.
 Confesso que, no começo, não foi uma leitura fácil para mim. Eu não havia lido nenhum livro desse gênero ainda e estava bastante curiosa a respeito.  
 Marcelo é um jovem estudante de uma das melhores - e mais caras - escolas da região onde mora, apaixonado por games e expert em computação. Vive em uma situação financeira complicada com sua mãe - que sofre para manter em dia a mensalidade escolar -, por quem foi criado, e isso ocasiona diversos problemas ao garoto no colégio, inclusive o bullying por não se encaixar nos mesmos padrões de vida dos seus colegas. 

 Num certo dia, Marcelo descobre que a Assertiva, uma empresa de criação de games, está promovendo um concurso em que oferece um prêmio no valor de 120 mil reais para quem conseguir invadir o seu sistema. Seria a solução para todos os seus problemas! Além do concurso, a Assertiva também estaria criando um game de interatividade total, ou seja, o jogador - ou interator - sentiria todas as sensações do game: dor caso levasse um murro, cansaço caso corresse, entre outras. A empresa estava até fazendo inscrições para a fase de teste, mas custava 120 mil reais, e Marcelo definitivamente não tinha esse valor. 
 Tudo estava razoavelmente bem até o pai de Marcelo, que estava ausente há 16 anos, resolver aparecer. No começo foi bem difícil a comunicação entre eles, mas com o passar do tempo eles vão se conhecendo e criando uma certa intimidade. Mas em meio a tudo isso, Marcelo está bem mais focado em conseguir invadir o sistema da Assertiva. 
 Com a semana de provas chegando, Marcelo tem que correr contra o tempo pra assimilar tudo, mas acaba priorizando o concurso e deixando de lado os estudos, indo mais uma vez pessimamente nas provas; o que deixa a sua mãe super brava, afinal, ela está fazendo de tudo para manter o garoto no colégio de alto padrão. 
 Chega num certo ponto que não tem mais jeito, Marcelo está preso no mundo da fantasia. O pai de Marcelo é a peça chave no desenrolar da história, o garoto precisa entender que não vive no mundo virtual, que existe uma realidade que não espera por ele; e o único que pode mostrar isso a Marcelo é seu pai, Fábio. 
 Angústia é o sentimento que define o que eu senti durante a maioria das páginas de Interator, eu estava lendo e o coração apertado, torcendo pra que Marcelo conseguisse entender e "seguisse em frente". 
 Se você gosta de games, tecnologia, e coisas do gênero, leia esse livro! E se você não gosta, leia também e se deixe encantar pela imaginação. Interator aborda um tema bem interessante e importante, principalmente nos dias atuais onde muitas vezes nos vemos prisioneiros da tecnologia. 

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