quinta-feira, 21 de julho de 2016

#EntrevistaLiterária - com Graciela Mayrink


Graciela Mayrink é autora dos livros "Até eu te encontrar", "A namorada do meu amigo",  "Quando o vento sumiu" e participou  do livro "Não é só por vinte contos", organizado pelo Skoob. A autora é ainda idealizadora do Projeto Jovem Curte Ler, uma ideia superbacana que tem como objetivo incentivar a leitura entre adolescentes.
Entrevista concedida em Maio de 2015

1. Quando você decidiu que queria ser escritora?
Eu decidi levar a escrita como profissão por insistência da minha irmã. Desde pequena que escrevo, mas nunca havia pensado em publicar, até que ela começou a insistir, dizendo que meu texto era bom e que outras pessoas mereciam conhecer meu trabalho. Eu achava que ninguém ia gostar do que eu escrevia, então levei um ano pensando no assunto, enquanto ela ia me convencendo aos poucos.

2. O que distingui a Graciela Mayrink escritora e a leitora? 
Hum... que difícil rsrs A Graciela escritora é focada, só pensa em escrita quando está trabalhando, é organizada para trabalhar e escreve um estilo de história. Já a Graciela leitora lê vários livros ao mesmo tempo, de vários gêneros e autores diferentes.

3. Quem foi a primeira pessoa a quem você mostrou seu livro?
Minha irmã Flávia. É ela que lê tudo o que eu escrevo antes de qualquer pessoa.

4. Você consegue perceber alguma semelhança entre "Até eu te encontrar" e "A namorada do meu amigo" que caracterize a sua escrita?
Sim, claro! A linguagem direta, personagens que estão na universidade, o texto cheio de diálogos e o fato da valorização da amizade. São marcas minhas, que estão presentes em todos os meus textos.

5. Algum autor ou obra literária te influenciou a querer escrever?
Não sei se algum deles influenciaram o fato de eu ser escritora, mas os escritores que eu amo influenciam o modo como escrevo. Gosto de ler com atenção os autores que admiro para aprender cada vez mais com eles. Talvez o Pedro Bandeira, em A Marca de Uma Lágrima, livro que eu li quando era adolescente e amei, tenha influenciado o fato de eu gostar de escrever romances para o público jovem.

6. Quando você recebeu seu primeiro exemplar impresso qual foi a sensação? E como foi a sua reação?
É uma sensação indescritível. Eu me lembro que fiquei muito emocionada e não conseguia parar de olhar o livro.

7. No momento, você está escrevendo ou já tem alguma ideia para um próximo livro?
Acabei de fazer a revisão final do meu novo livro, que sai este ano na Bienal do Rio, e já estou trabalhando no próximo, que será lançado ano que vem.

8. "A namorada do meu amigo" é um livro com um foco bem diferente, é escrito pelo ponto de vista masculino e tem a amizade como tema central, deixando o romance mais como um plano de fundo. Acredito que essas peculiaridades foram um risco, mas que super funcionaram. Como surgiu a ideia de escrevê-lo?
Eu gosto de arriscar e me desafiar e A Namorada do Meu Amigo foi um grande desafio. Li muitos livros escritos por homens com histórias narradas por homens, para pegar o jeito da narrativa do Cadu e adorei o desafio. Foi um período em que me senti motivada. É um livro polêmico, pela temática, que causa amor e ódio ao leitor, e gosto de saber que ele fez várias pessoas terem reações opostas ao lerem minha história. A ideia surgiu da minha paixão pelos Três Mosqueteiros. No início, comecei a escrever uma história de 3 irmãos, mas que não estava funcionando porque eles precisavam ser muito amigos e unidos, para que algo abalasse a amizade deles. Então decidi mudar e o resultado foi meu livro.

9. Você é idealizadora do Projeto Jovem Curte Ler, uma iniciativa super bacana e de grande relevância. Como surgiu a ideia do Projeto?
Surgiu da vontade de fazer todos gostarem de ler (risos). Eu recebo muitos recados de leitores que se apaixonaram pela leitura através dos meus livros e visito muitas escolas onde os alunos falam que não gostam de ler. Sempre brinco que não existe isso, todo mundo gosta de ler, de uma boa história, quem diz que não é porque ainda não encontrou o livro ideal. Há muitos livros publicados, impossível alguém não se apaixonar por nenhum deles, só precisa procurar. Por isso, achei importante criar um projeto para visitar escolas dando palestras de incentivo à leitura, onde conto sobre minha paixão por livros, como virei escritora e indico títulos e escritores que os alunos podem se interessar.

10. Qual seu sonho enquanto escritora?
Fazer com que pessoas que não têm o costume de ler passem a amar livros e histórias.

11. "Até eu te encontrar" tem uma dose de misticismo aliada ao romance foi insight ou a ideia surgiu junto com o livro?
A ideia surgiu depois que bolei a história inicial de Até Eu te Encontrar. EU tinha a estrutura na cabeça, mas sentia que faltava algo, aquele “algo a mais” para dar um toque especial ao livro. Na período que estava planejando a história, eu li a série das Bruxas Mayfair da Anne Rice, que cito no meu livro, e percebi que poderia usar a Wicca como um pano de fundo no meu texto. Desenvolvi a trama principal de Até Eu te Encontrar inserindo leves doses de magia e deu certo.

12. Deixe um recado para os seus leitores.  

Meus únicos pedidos para meus leitores são: se ler um livro nacional e gostar, indique-o para todo mundo que você conhece. E dê livros de presente. Eu só dou isso para todos que conheço. O livro é um presente maravilhoso e bem barato, é só ficar atento às promoções ;)

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