terça-feira, 10 de janeiro de 2017

#Resenha - A Última Carta de Amor (Jojo Moyes)


 A Última Carta de Amor é um livro intenso, com um enredo de tirar o fôlego. Nem preciso comentar sobre a capa porque é excepcionalmente bem trabalhada, não deixando nada a desejar. Particularmente, amo histórias escritas por meio de cartas, acredito que dão um toque bastante intimista a história, em “A Última Carta de Amor” as cartas são o início e o fim de algo fabuloso.
 Ri, me irritei, quis escrever cartas e me questionei como e porque vivemos um momento onde as palavras simplesmente não são ditas, deixamos tudo nas entrelinhas e o mais curioso é que vivemos um momento onde nos comunicamos majoritariamente por mensagens de textos.
 A autora foi de uma genialidade que me deixa sem palavras, eu poderia resumir essa resenha em uma única frase: “leiam esse livro”. E teria dito tudo o que é necessário saber sobre “A Última Carta de Amor”, porque definitivamente vocês não podem e não devem deixar de lê-lo.
 Confesso que o início do livro foi cansativo e cheguei a pensar “que livro chato”, mas como já disse outras vezes sou uma leitora compulsiva e abandonar um livro não é algo que faça tão facilmente, felizmente, ou eu não teria tido o prazer de desfrutar da companhia de Ellie, Jennifer, Anthony e Rory. Que história incrível!
 Bem, a história se passa em dois momentos históricos a década de 60 e no século XXI. Tudo começa com uma carta que a jornalista Ellie encontra quando é designada para fazer um artigo com um paralelo entre o ontem e o hoje. A carta desperta sentimentos intensos em Ellie, pois parece tratar-se de um relacionamento extraconjugal e Ellie identifica-se com o teor da carta na medida em está vivendo relacionamento complicado com um homem casado.
 Ellie não mede esforços para descobrir quem são os amantes apaixonados da carta e quando descobre seu encanto pela carta e por aquela história de amor tornam-se ainda maiores. Quando Jennifer narra a sua história para Ellie é como se esta conseguisse reconstruir a sua própria história e repensar o amor em todos os seus aspectos. Porque tanta dificuldade de falar sobre o que sente? Porque tem que decifrar o que seu namorado lhe envia por mensagens de texto? Será que um dia ela vai ser amada como Jennifer foi? Será que existem finais felizes?
 A autora foi formidável em fazer o paralelo entre essas duas mulheres vivendo em épocas diferentes, mas ao mesmo tempo tão semelhantes. Tanto Jennifer quanto Ellie tiveram que superar barreiras e enfrentas seus próprios medos em busca da felicidade.
 Quanto aos outros personagens, Anthony é um homem curioso, para dizer o mínimo, inicialmente o achei um boçal, mas no fim ele só era um homem sofrido e a sua paixão me conquistou. Moira é um mistério para mim, ela é uma mulher inteligente, mas ao mesmo tempo submissa a um amor platônico, mas em certo momento ela assume o controle e eu realmente gostei disso. Os amigos de Ellie são muito divertidos e sinceros. E finalmente, Rory, um encanto, ele faz um contraponto maravilhoso a história.
 Outro ponto superbacana do livro são os trechos de cartas, e-mails e mensagens antes de cada parágrafo, ri muito com as mensagens mais recentes, e a discrepância na escrita das mensagens nos dois momentos históricos é tão contraditória na medida em que o conteúdo das mensagens é tão semelhante, acredito que esse foi encaixe perfeito para essa história. Leiam logo!

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