quarta-feira, 4 de maio de 2016

#Resenha - A Lista de Brett (Lori Nelson Spielman)




Entrou para a lista de favoritos SIM ou COM CERTEZA? Hahaha....
 Pense nem um livro fofo. Pensou? Agora multiplique essa fofura por trilhões. Já viu que vou rasgar seda até a última linha, mas é inevitável, porque A Lista de Brett é doce, delicado e questionador. Sim, vocês não leram errado e vou explicar daqui a pouco.

Sinopse: Brett Bohlinger parece ter tudo na vida — um ótimo emprego como executiva de publicidade, um namorado lindo e um loft moderno e espaçoso. Até que sua adorada mãe morre e deixa no testamento uma ordem: para receber sua parte na gorda herança, Brett precisa completar a lista de sonhos que escreveu quando era uma ingênua adolescente. Deprimida e de luto, Brett não consegue entender a decisão de sua mãe — seus desejos adolescentes não têm nada a ver com suas ambições de agora, aos trinta e quatro anos. Alguns itens da lista exigiriam que ela reinventasse sua vida inteira. Outros parecem mesmo impossíveis. Com relutância, Brett embarca numa jornada emocionante em busca de seus sonhos de adolescência. E vai descobrir que, às vezes, os melhores presentes da vida se encontram nos lugares mais inesperados.

 Vamos começar do começo, quem nos conta essa história é a própria Brett e a sua narrativa tem início com a perda da mãe. O que fica nítido logo nas primeiras linhas é o quanto Brett e a mãe eram próximas. 

“Eu me dobro ao meio, abraçando o meu corpo, e literalmente sinto dor pela perda de minha mãe. Como vou conseguir andar por este mundo sem ela? Ainda tenho tanto de filha em mim…”

 O que Brett não imaginava era o quanto a morte da sua mãe iria mudar a sua vida. Filha caçula e a única que trabalhava na empresa milionária da família, era suposto que Brett assumisse a presidência após o falecimento de sua mãe, todavia Elizabeth Bohlinger tinha outros planos para a sua filha. Na leitura do testamento, seu irmãos Jay e Joad receberam a sua parte na herança e a Catherine, esposa do Joad, foi nomeada presidente. 

 Por intermédio do advogado Brad Midar, Brett recebe uma carta de sua mãe (preciso dizer que as cartas foram lindas), através da carta (primeira de muitas) a Elizabeth pede que a Brett retome uma lista de sonhos que ela escreveu aos 14 anos, para cada meta alcançada ela receberá um envelope com uma quantia e outra carta, se dentro de um ano ela realizar todos os itens da lista terá direito a sua herança. 

Minhas metas de vida 

1. Ter um filho, talvez dois. 

6. Ter um cachorro  

9. Continuar amiga da Carrie Newsome para sempre!

12. Ajudar os pobres  

13. Ter uma casa bem legal

14. Ter um cavalo  

17. Me apaixonar  

18. Fazer uma apresentação ao vivo em um palco imenso  

19. Ter um bom relacionamento com o meu pai  

20. Ser uma professora maravilhosa

Além da lista, Elizabeth pediu que Catherine demitisse a Brett. É óbvio que ela não entendeu as decisões da mãe, aquilo parecia um absurdo, afinal ela não era mais uma menina de 14 anos, seus sonhos e metas eram outros hoje. Será? Aqui retomo aquilo que eu disse lá em cima, esse é um livro questionador. Pense na sua vida, nos seus sonhos e metas de anos atrás, será que eles mudaram ou você se acomodou? A vida joga a gente pra lá e pra cá, mas cabe a nós tomarmos as rédeas, ao invés de simplesmente ir seguindo a maré. Brett não conseguia perceber que abrira mão de seus sonhos para se ajustar ao que os outros apontavam como sendo o melhor, mas Elizabeth faria o impossível para ver a coragem e a espontaneidade na sua filha.

"Todos os dias, faça algo de que você tenha medo. Continue se obrigando a fazer coisas que lhe dão medo, querida. Assuma os riscos e veja onde você aterrissa, pois são eles que fazem a jornada valer a pena."
 Brett estava em um relacionamento com o Andrew (como eu ODEIO esse cara), ele é interesseiro da cutícula do pé até o último fio de cabelo. Primeiro, Brett levou séculos para contar ao Andrew sobre a demissão e as metas, porque ele só falava da maldita presidência. Segundo, quando ele soube das metas, aceitou, é claro, não antes de confirmar quantos milhões ela (eles) herdariam. Eu fiquei com tanta raiva, estava escrito em letreiro néon que o cara não estava nem aí pra ela, só queria saber do dinheiro e a Brett ficava se iludindo. Quando eles romperam, eu comemorei. 

 Bem, o livro tem personagens secundários, que mesmo não sendo bem construídos (é dito muito pouco sobre eles), nos fazem desenvolver uma empatia imensa. Não vou contar mais, ou irei acabar dando spoiler, mas as metas levam Brett a se redescobrir e se reinventar. 

"Sou uma pessoa de muita sorte. Mas há um limite para o que as fadas madrinhas podem fazer. Eu acho que cada um tem o poder de realizar os próprios desejos. Só precisamos encontrar coragem para isso."
 Foi uma delícia de leitura, super recomendo, cheia de emoções e no final temos um acontecimento que eu já esperava (porque claro que tinha que ser, rsrs), mas eu não consegui evitar os gritinhos quando finalmente aconteceu.

"Não existe não devia quando se trata de sentimentos. Eles são o que são."  


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