segunda-feira, 9 de maio de 2016

#Resenha - Nós (David Nicholls)

 Um livro sobre relações. Em Nós, David Nicholls nos apresenta o universo de Douglas, um bioquímico de 54 anos, que preza a organização e a objetividade. Douglas é casado com Connie, uma artista, livre de regras e intensa. Opostos, mas foi exatamente o fascínio pelo desconhecido que os uniu.

 A história tem início quando Connie acorda o marido e diz que quer se divociar. Após 25 anos de casados, Douglas não consegue entender o porquê dessa decisão da esposa e fará o possível para fazê-la repensar.

 Douglas e Connie têm um filho de 17 anos, Albie, com quem Douglas tem um relacionamento bem complicado. Albie é muito parecido com a mãe, tem alma de artista e isso é um problema na sua relação com Douglas. Ele está saindo de casa e os pais haviam planejado uma viagem de férias em família, uma espécie de fechamento de ciclo. Não preciso dizer que Albie não está nenhum um pouco feliz com essa viagem, certo? Para ele seria muito mais divertido fazer um mochilão pela Europa com amigos.

 Na iminência do divórcio, Douglas se agarra à viagem como o último recurso para tentar reaver o seu casamento e em meio a tantos conflitos os três embarcam em um Grand Tour pela Europa. Metas para a viagem: evitar conflitos com Albie e reconquistar Connie. Simples? Nenhum um pouco!

 Douglas havia organizado todo um roteiro para a viagem, mas Connie e Albie tentam fazê-lo viver o momento, sem seguir tantas regras e prazos, a viagem está fluindo razoavelmente bem quando um evento cria uma grande discussão entre Douglas e Albie e o caos é instaurado.

 Albie foge com uma garota que havia conhecido, Connie decide voltar para casa e Douglas decidi continuar a viagem. Sim! Douglas continua a viagem sozinho, mas agora sua meta é outra: encontrar Albie, fazer as pazes e levá-lo de volta para casa.  E é aí que começa a diversão, porque Douglas começar a viver de fato, no improviso, você sente que ele finalmente está fazendo algo com paixão.

 Um encontro em especial instiga Douglas a perceber novas possibilidades, a enxergar além do óbvio e o final é espetacular. A história é narrada por Douglas, em microcapítulos, e ao longo da narrativa ele vai fazendo contrapontos entre o momento atual e o passado, o que nos permite compreender melhor como as relações se estabeleceram. Não é um livro com  muita ação, então o início pode ser um pouco cansativo, se você não está acostumado com esse tipo de leitura, mas é um livro que permite inúmeras reflexões.


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